Buenos Aires Girl
O dia-a-dia de uma portuguesa pela terra do tango...
quarta-feira, maio 31, 2006
terça-feira, maio 30, 2006
Cataratas do Iguaçu
Foi uma viagem que não podia ter corrido melhor. O tempo esteve óptimo (30 graus de dia e 20 à noite) e como soube bem já que em Buenos Aires faz frio.
Do lado Argentino há que reservar um dia completo para ver, há uma série de circuitos, vale a pena ver tudo.
Deixo aqui um video com um banho igual ao que fizemos. Os comentários parvos que se ouvem são meus, já que não me lembrava que depois a voz ia ficar gravada.
Do lado brasileiro basta meio dia. É mais pequeno, vale a pena, mas umas 3 horas é suficiente.
Foz do Iguaçu (Brasil) é uma cidade pequena sem nada para ver. Puerto Iguazu (Argentina) é ainda maispequena mas pitoresca. A terra é vermelha e torna-a particularmente interessante. Também visitamos a barragem de Itaupu, a maior hidroelectrica do mundo. É grande mas não é um passeio que valha a pena perder tempo. Com o tempo tão bom ainda deu para fazer uma piscina e apanhar um sol mas qualquer bronze que tivessemos feito ficou descolorado com os banhos de fim de tarde na piscina climatizada carregada de cloro.
Visitar Ciudad del Este (Paraguay) é extraordinário. Vende-se de tudo, faz lembrar Andorra ou Vigo nos anos 80. Quase que não há controlo na fronteira, pelo menos para quem passe a pé ou de autocarro. Entrar no Paraguay, num autocarro ao som de U2, foi surreal, como é que 3 países tão próximos podem parecer tão diferentes. Da Argentina para o Brasil há maior controlo pelo menos do lado Argentino. No Brasil só nos pedem para limpar os pés num tapete (?!) por causa da frebre aftosa... Imagine-se os germes naquele tapete onde toda a gente limpa os pés.
Foi-me dificil fazer uma selecção de fotos. Só posso dizer que me emocionei ao ver as cataratas. Como é que uma coisa tão simples (água a cair) pode ser tão impactante. É que não pára! Cai, cai e cai...
segunda-feira, maio 29, 2006
Cataratas
Nao há palavras para descrever as Cataratas do Iguaçu.
Tirei quase 200 fotos e mesmo assim é impossível traduzir o que vi.
Além disso estar na fronteira entre 3 países, tao próximos e tao distantes ao mesmo tempo é quase surreal.
Tenho muitas coisas para contar mas por agora deixo-vos com uma foto tirada nas cataratas do lado Argentino, depois de literalmente ter entrado por baixo de uma catarata num barco. Nesta altura estava molhada dos pés à cabeça e pensava que as calças de ganga nunca mais se iam descolar do meu rabo...
quarta-feira, maio 24, 2006
segunda-feira, maio 22, 2006
Cirque du Soleil
Eu sei que os posts nao têm vindo com a mesma fluencia, mas nao pensem que encontrei o abonado que supostamente estava no apartamento.
Comecei uma actividade nova que me rouba algum tempo e tive cá um amigo português durante a semana.
Säbado fui ver o Cirque du Soleil. As expectativas eram elevadas e talvez por isso nao achei assim tao bom. Os bilhetes eram caríssimos, variavam entre 24 e 120 euros. Claro que os de 24 nem vê-los e por isso tivemos que gastar um pouco mais. Incrível como é que neste país conseguem encher durante 2 meses, todos os espetáculos (2 por dia de 3ª a Domingo) com preços inacreditáveis para o comum do argentino.
Sim, o espetáculo é bom, mas nao é o melhor do mundo. Pelo que percebi agora esta companhia tem mais do que uma unica equipa, já que estao em várias cidades em simultâneo. Tipo franshising. Se nao sabem o que é um franchising perguntem a um taxista argentino, eles sabem tudo. Depois explico melhor. :)
Nos vemos!
quinta-feira, maio 18, 2006
segunda-feira, maio 15, 2006
Um Prémio Para Quem Descobrir Onde Fui no Sábado
Sábado fui visitar uma cidade a 1h de ferry de Buenos Aires, património da humanidade. Foi fundada por D. Manuel Lobo em 1680 e tem uma forte presença Portuguesa. Essa presença tornou-se mais forte neste dia já que 2 Portugueses foram lá. :)
Um passeio muito agradável, principalmente porque foi todo feito num carro de golf. Fiquei rendida a este meio de transporte...
Um aviso no museu português. Claramente respeitado por mim...
Continuei a respeitar o aviso de não tirar fotos...
Este bocado de madeira deve ter uma história muito interessante mas não havia uma unica placa a dizer o que significava.
Excelente meio de transporte.
Apesar de ter visitado a cidade toda, várias vezes, não tinha os pés cansados por razões óbvias.
Os Espanhóis também deixaram lá qualquer coisa.
quinta-feira, maio 11, 2006
domingo, maio 07, 2006
Boca Campeon
Hoje vivi um dos momentos mais incríveis desde que cheguei à Argentina.
Aqui há dois campeonatos de futebol da 1ª divisão. O de Apertura e o de Clausura. Hoje o Boca Juniors sagrou-se campeão do campeonato de Clausura. A Praça do Obelisco encheu-se de gente para festejar e aguardar o autocarro com os jogadores e foi incrível. Ouviram-se mais cântigos contra o River Plate do que propriamente a festejar a vitória. Quando disse que era do Benfica começaram a gritar pelo nome do Caniggia, outro heroi nacional.
sábado, maio 06, 2006
Resistencia - Chaco
Quinta e Sexta fui visitar Resistencia que é a capital de uma provícia Argentina chamada Chaco. Foi uma visita curta, pouco mais que 24h, com numa agenda apertada mas deu para absorver a cidade.
Pode-se dizer que fui até à Argentina profunda. Chaco é uma provincia do norte, faz fronteira com o Paraguai, tem a mesma superfície que Portugal, mas é considerada pequena. É também a província argentina com mais população nativa. 1h20m de avião e aterrei num aeroporto pequinino mas internacional. :)
Resistencia tem pouco mais que 300 mil habitantes, mas parecia que estava numa aldeia de trás-os-montes. O unico tempo que tive livre foi das 14 às 15h30m, mas havia poucas pessoas na rua já que lá faz-se a sesta. Aliás, é sagrada.
É também conhecida por ser a cidade das esculturas já que há centenas espalhadas por todo lado e em Julho há uma Bienal de Escultura, onde os artistas trabalham ao vivo na praça da cidade. Está prometida outra visita!
A cena mais caricata foi, depois de ter ido jantar com o Secretário de Comércio Exterior e com o Secretário de Turismo, eles irem-me levar ao hotel. Estava eu à espera que parassem em frente ao hotel quando entrou para o parque de estacionamento. Pensei "que cavalheiros vão-me levar à porta". Mas não. Entraram no hotel e acompanharam-me à recepção. Pedi a chave e quando me ia despedir, eles continuam em direcção ao quarto. "Porra, isto não é normal. Passa-se aqui alguma coisa que eu desconheça?" Ao que um deles pára numa porta e despede-se. O outro explica: "É que nós vivemos no hotel". Ah, está explicado, embora seja a pimeira vez que veja dois secretários de estado a viver num hotel...
Alguns pormenores da cidade.
quarta-feira, maio 03, 2006
Até desmaiou...
As notícias que me vao chegando de Portugal...
http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=200333&idselect=10&idCanal=10&p=200
segunda-feira, maio 01, 2006
A Verdadeira "Cantada" Argentina
Num mundo em que os e-mails e sms substituiram as cartas de amor temos que nos contentar com mensagens assim:
"NO TE ENOJES POR ESTO ANGELITO
TE TENGO QUE DECIR QUE:
TIENES UNA MIRADA ALEGRE, MISTERIOSA, INTELIGENTE, PROFUNDA ENMARCADA EN UN ROSTRO BELLO Y ESA CARITA PRECIOSA ESTA ADORNADA POR UNA SONRISA CONTAGIOSA POR LA QUE DERRAMAS MUY BUENAS ONDAS A QUIEN TE OBSERVA , NO LA PIERDAS NUNCA, TESORO
RODEATE SIEMPRE DE TUS AFECTOS, MUJER BELLISIMA, QUE SON QUIENES QUE TE QUIEREN Y PROTEGEN
SUERTE EN TODO LO QUE HAGAS EN TU VIDA PIMPOLLO PRECIOSO
CUIDATE MUCHISIMO Y QUE DIOS GUIE TUS PASOS
XXXX"
Nota: enojar em catellano é aborrecer.
Até aqui a céptica e descrente no romantismo ficou sensibilizada, durante 0.1 seg obviamente. Pimpollo?! Poupem-me...
Como foi fin-de-semana largo, aproveitei para passear. Está mais frio e há menos turistas, acho que agora é que a cidade se está revelar. Estranho é que cada vez que descobria mais um pormenor da cidade, sentia-me cada vez pior porque não tinha com quem partilhar o que ia descobrindo.
Continuei no meu périplo com este sentimento estranho que não conseguia definir. E ao virar de uma esquina vi a resposta escrita numa montra.
A alma lusa deixa-nos sempre com esta eterna insatisfação.
Há alguns dias um estranho veio ter comigo na rua e perguntou-me porque estava triste, que devia rir mais. Na altura apeteceu-me dizer-lhe para mandar rir o raio que o parta, mas quando outro, passados uns dias me disse o mesmo, achei que se calhar devia sorrir mais.
Nos primeiros dias que cheguei cá via as pessoas a caminho do emprego a assobiar e a cantar. Na minha cabeça só pensava "cambada de gente doida que canta às 9 da manhã". O que é certo é que ao fim de uns dias tambem eu ia a cantar sozinha a caminho do escritório. Deve ser contagiante.
Adoro esta cidade, mas é tão grande que corremos o risco de nos "perdermos".
Depois deste momento de introspecção profundo fui para casa onde me esperava uma boa notícia.
Obrigada Sílvia.